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Um espetáculo chamado temporada da tainha

  • Foto do escritor: PATRICIA KLEIN
    PATRICIA KLEIN
  • 20 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura


Em uma das diversas praias do litoral catarinense, está a bela Itapema, o cenário de muitas histórias, cultura e tradições.

Com mais de 67 mil habitantes (de acordo com o último senso do IBGE de 2020), Itapema fica localizada ao litoral norte de Santa Catarina e também é conhecida pelas águas verdes esmeralda. Uma cidade em constante crescimento, mas que mantém aquele ar de praia tranquila, sem aquela movimentação toda de cidade grande, exceto, em temporada de veraneio, onde a areia é bastante disputada.



Entre algumas peculiaridades dessa praia, está a pescaria de arrasto : A pesca de arrasto é um método de pesca que envolve puxar uma rede de pesca através da água atrás de um ou mais barcos. A rede utilizada para a pesca de arrasto denomina-se rede de arrasto. O método requer que redes em forma de saco sejam rebocadas na água para capturar diferentes espécies de peixes ou, às vezes, uma espécie-alvo. (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_de_arrasto.


É inevitável a aglomeração de pessoas que passam pela praia quando os pescadores começam a puxar a rede para areia. É como um espetáculo quase que diário durante a temporada de pesca da Tainha, que neste ano iniciou em 1º de maio, até 31 de julho. Alguns voluntários, como crianças ajudam dentro do possível, a puxar a rede e vira muitas vezes uma diversão. Lembra o famoso cabo de força.





Mas o que para muitos é apenas um momento aleatório em sua passagem pela praia, para eles é trabalho que começa cedo e duram horas. Desde o preparo da rede a ser colocada no barco, até o momento de adentrar ao mar e colocar a rede em forma de meia lua, que vai de uma ponta da praia até outra.



José Américo da Silva, 64, é um pescador nativo, que cresceu em família de pescadores e desde cedo está inserido na pescaria artesanal. Seu José conta que desde os oito anos começou manipulando a corda que é puxada do mar, um trabalho que exige paciência, pois a corda já é preparada para o próximo lance no mar.


A rede tem cerca de 1,200m e conta com aproximadamente 15 homens para a preparação do barco e da rede a ser colocada no mar. Os pescadores se dividem em equipes e cada equipe pertence ao que é chamado de rancho.

Os peixes que caem na rede são muitas vezes doados para a comunidade local, alguns como a tainha, são vendidos e os lucros divididos entres eles.

Após a temporada da tainha, os pescadores continuam pescando, porém, não com a rede de arrasto, até mesmo porque, em época de veraneio, com a praia lotada, ficaria inviável esse tipo de pesca, já que não haveria espaço para os pescadores trabalharem.

Outros integrantes do rancho, seguem fazendo outros trabalhos, como guarda-vidas, garçom, ajudante de pedreiro, etc...


“Aqui tem de todas as idades, e já estamos ensinando a nova geração para não deixar morrer a tradição”, diz José enquanto enrola a corda.





Caíque da Silva, 28, é um dos jovens nativos que segue a tradição da pesca artesanal e conta como funciona parte desse trabalho.








Para mais informações, fotos e vídeos, acesse o Instagram do Rancho do Dato


 
 
 

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