top of page

É só uma curtida...

  • Foto do escritor: PATRICIA KLEIN
    PATRICIA KLEIN
  • 19 de abr. de 2021
  • 4 min de leitura






Em uma conversa entre amigas, surgiu o assunto relacionamento. Essa palavra por si só, dá margens para outros assuntos, como fidelidade, comprometimento e outra tão importante quanto o sentimento, MATURIDADE.

Ao longo desses meus 15 anos de busca, sim, é tempo né? Eu provei inúmeras teorias, mas a que mais se sobressai, é a falta de maturidade de muitos homens e também, mulheres nos relacionamentos.


Às vezes eu me sinto realmente perdida nesse mundo, fico tentando achar um motivo plausível para conceituar esse meu “azar”, nas minhas tentativas de ser correspondida, achando que talvez exista algo muito errado comigo. Mas quando olho para o lado, vejo casais que não fazem a mínima ideia de que foram abençoados por terem encontrado um ao outro e outros casais que não fazem a mínima ideia do porquê ainda estão juntos, então eu me deparo com algo simples: Querer algo sério com alguém que se gosta, nesse tempo louco, não é errado.


E paralelo a isso, estão os solteiros. Alguns querem um relacionamento sério, com amor, fidelidade, comprometimento e maturidade, porém, de outro lado, os solteiros que querem apenas curtir fotos de contatinhos que adquiriram em aplicativos de relacionamento, ou pela vida a fora, que estão sempre esperando por algo “melhor” na vida, não se deixando apegar por ninguém que tenha conhecido no meio do caminho.


Essa busca descabida por algo “melhor”, pode significar uma total instabilidade emocional da própria pessoa. Ela não confia em si mesmo para tomar decisões precisas e não tem certeza do que sente. O que na verdade o não ter certeza, já significa nas entrelinhas “não amo, ou não gosto o suficiente”, mas talvez por carência, prefere um ficante na mão, do que nenhum. O famoso passatempo.


Na vida real, é óbvio que sempre vai haver alguém “melhor” que nós. Sim, existem mulheres muito mais bonitas que eu, com outro contexto de vida, sejam nas redes sociais ou na vida real. Assim como todos os caras que um dia eu gostei e que deixei se aproximarem da minha vida, não eram perfeitos. Para mim nunca foi uma dificuldade gostar de alguém, porque nunca busquei ninguém perfeito. Minhas buscas foram da reciprocidade, o que não aconteceu. E mesmo sabendo que não sou perfeita e que meu possível parceiro também não é ( porque a perfeição é uma ilusão), isso não me leva a querer olhar para o lado, para ver se eu encontro alguém melhor. Até porque como eu disse, vai ter alguém melhor, mais bonito, mais isso, ou aquilo, olha o Rodrigo Hilbert, a Grazi Massafera... hahaha.


O que quero dizer é que, quando há sentimento, o interesse é exclusivo. Nunca senti necessidade de buscar outros olhares, quando o que me interessava, estava bem do meu lado. Sinto falta disso no mundo quando olho para o lado e vejo raríssimos casais que se amam e se respeitam... Outros estão juntos sem foco, sem comprometimento e ficam idealizando outros parceiros nas redes sociais.

É uma curtida aqui, outra ali, ou uma marcação de território no perfil de alguém, como se estivesse esperando uma chance com essa pessoa, uma brecha para partir para outra “melhor”.


Me causa profundo desânimo a falta de reciprocidade. Esse é um sentimento raro e incontido. As pessoas não estão procurando um amor, estão procurando parceiros para horas vagas, para seus tédios, suas carências e suas necessidades. Assim como homens trocam de mulheres como trocam de roupa, mulheres também adquiriram esse perfil. Não existe um gênero santo aqui. Existem homens e mulheres que não tem esse perfil predador e que estão buscando alguém com foco e maturidade para construir uma relação sólida, sem aparências ou superficialidades e que no meio de sua busca, esbarram com pessoas que por uma atração física, se envolvem por um tempo e depois alguém acaba sofrendo.


Ahhh, e são inúmeras desculpas... “eu não estou pronto (a) para um relacionamento”, “não estou no meu melhor momento”, “eu não quero nada sério”, etc...Mas pasmem, tudo é relacionamento, toda relação, curta, média, longa é um relacionamento. O caso é que foi se criando desculpas para fugir da responsabilidade de ter envolvido alguém na sua imaturidade e na sua vida. O não se comprometer-se com alguém e poder “atirar para tudo quanto é lado”, virou um hábito frequente na sociedade.


Existem pessoas no mundo moderno, que criticam relações de 50, 60 anos de casados, porque acham isso arcaico e remete muito a uma prisão da mulher, pois antigamente independente do sofrimento, a separação não era permitida e nem bem quista, então vivia-se uma tortura em casa mas para a sociedade estava tudo bem.

Mas hoje não é muito diferente. Existem relacionamentos tóxicos que por algum motivo começou bem, mas não teve elementos suficientes para se manter saudável. E isso tem gerado muita insegurança tanto em homens quanto em mulheres que um dia já passaram por algo parecido e não querem repetir o erro.


Para não me alongar mais, porque isso é pano não para uma manga, mas para um baita vestido longo, uma vez eu disse para um amigo que:

quem tem medo, não poderia amar. Porque o amor precisa de espaço para evoluir e quando se tem medo, medo de amar, inevitavelmente cria-se barreiras e não caminhos.

A vida é uma caminhada. As decepções são marcas, são também nossa história, nossas lutas. Mas o amor deve ser sempre o recomeço! A saída.

Cada um precisa amadurecer o seu próprio eu, para que suas vontades se transformem em certezas e não caprichos.

Dito tudo isso, sigo amando, sigo buscando a reciprocidade.

Lembrando que maturidade nunca teve relação com idade e sim com o estar seguro(a) de suas vontades.

Já passei por cada uma, que se fosse levar em consideração, nunca mais abriria meu coração. Mas hoje consigo até sorri de todas as canalices que me foram feitas, porque acredito muito que tudo foi aprendizado e amadurecimento.

Aprendi que para algo bom entrar na sua vida, algo ruim deve sair. E cabe a cada um de nós não se prender no medo, porque isso é deixar fluir, deixar-se fluir!


Até o próximo post!




 
 
 

Comments


bottom of page